Fukushima:
a história se repete
História da energia nuclear é marcada por
falhas e panes
A história
da energia nuclear é marcada por acidentes, que na
maioria das vezes custam vidas humanas e destruição
do meio ambiente. Com isso acumulam-se comparações
entre o que houve no Japão com acidentes ocorridos
em outras partes do mundo, numa cronologia de quase seis
décadas.
Cronologia
de falhas
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No estado alemão de Schleswig-Holstein, um reator
da usina Krümmel é retirado da rede após
sofrer um curto-circuito num transformador, isso aconteceu
no ano de 2009. Em 2007 um equipamento de construção
análoga pegou fogo após sofrer um curto-circuito.
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Em 2006 na central sueca Forsmark um dos três reatores
é automaticamente desligado e em seguida desativado,
pois sofrera um curto-circuito.
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Uma explosão de hidrogênio, em dezembro de
2001, provoca falhas no funcionamento da usina de Brunsbüttel,
Schleswig-Holstein, porém, apenas em fevereiro de
2002 o reator foi retirado para inspeção devido
a pressões das autoridades fiscalizadoras.
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Em outubro de 2000 a debatida usina tcheca de Temelin é
inaugurada. Registraram-se quase cem casos de mau funcionamento
até agosto de 2006.
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Em setembro de 1999, uma unidade de reprocessamento de urânio,
situada na cidade de Tokaimura no Japão, sofreu uma
reação em cadeia descontrolada, liberando
altos níveis de radiação. Segundo autoridades,
o acidente foi causado por falha humana, pois funcionários,
que não foram bem preparados, depositaram sete vezes
mais urânio do que o permitido num tanque de precipitação.
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O maior acidente já registrado em todo o mundo aconteceu
em abril de 1986 em Tchernobil, na Ucrânia (ex-União
Soviética), quando um reator de água leve
moderado a grafite explodiu. Tal fato gerou a morte imediata
de 32 pessoas, 120 mil pessoas tiveram que ser evacuadas
e milhares de pessoas ainda sofrem com as consequências
da irradiação nuclear. Além disso,
nuvens e ventos carregaram a radioatividade para toda a
Europa Ocidental. Não se tem uma medida exata das
consequências desse desastre até hoje.
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Em março de 1979 ocorreu o maior acidente nuclear
registrado nos EUA. A usina de Three Mile Island, próxima
a Harrisburg, sofreu um colapso na refrigeração
devido a defeitos técnicos e falhas humanas, gerando
o derretimento parcial do reator. Uma nuvem radioativa foi
observada a centenas de quilômetros do local do acidente,
com isso cerca de 200 mil pessoas tiveram que deixar a região.
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Em janeiro de 1977, duas linhas de alta voltagem da central
nuclear de Gundremmingen, na Baviera, Alemanha sofrem curtos-circuitos,
gerando prejuízo total na central e contaminando
o prédio do reator com água de refrigeração
radioativa.
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A estação de reprocessamento de combustível
radioativo de Windscale (rebatizada Sellafield a partir
de 1983), na Inglaterra, sofre a segunda explosão
em julho de 1973, contaminando grande parte da unidade.
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Um reator para a preparação de plutônio,
utilizado em bombas, pega fogo em uma das centrais de Windscale,
Reino Unido, em outubro de 1957. Centenas de quilômetros
quadrados foram contaminados por gases radioativos matando
39 pessoas.
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Um tanque subterrâneo de concreto que armazenava detritos
radioativos líquidos, da unidade soviética
de processamento de plutônio Maiak sofre uma explosão
em setembro de 1957. Acredita-se que o acidente matou pelo
menos mil pessoas e dez mil foram contaminados, porém
até hoje não se tem um número exato.
Uma área de 300 por 40 quilômetros foi contaminada.
Essa catástrofe é uma das maiores já
relatadas. Um cientista relatou o acidente em 1976, porém
o acidente só foi oficialmente confirmado em 1990.
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Em dezembro de 1952 ocorre uma grave explosão na
central nuclear de Chalk River próxima a Ottawa,
Canadá, uma fusão parcial destrói o
núcleo do reator.
SAIBA MAIS
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Veja
a campanha que o Pick-upau fez contra a construção
da Usina Nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro
- Saiba
mais sobre o maior desastre nuclear da história,
Chernobyl
Da Redação
Com informações de Agências Internacionais