A produção de plástico em 1950 era de 2,3 milhões de toneladas. Em 2015 chegava a 448 milhões de toneladas.
National Geographic Society

 

 
 
 
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Pick-upau adere a movimento global contra uso de plásticos

Break Free From Plastic trabalha para um futuro livre da poluição do plástico de uso único no planeta

 
 
07/11/2020 – Estudos indicam que em 2040, logo ali, o lixo plástico nos oceanos poderá ser três vezes maior do que é hoje. Isso corresponde a 29 milhões de toneladas métricas. Essa estimativa está em uma nova pesquisa que está sendo realizada há dois anos. Na verdade ninguém consegue afirmar ao certo a quantidade de plástico despejada nos oceanos. A melhor aposta, divulgada em 2015, sugere 150 milhões de toneladas métricas. Imaginando que não haja nenhuma alteração nesse comportamento mundial, em 2040 esse número seria de 600 milhões de toneladas métricas. Esse é o cenário apresentado em um artigo publicado pela National Geographic.


Com essa escalada na produção e no descarte indevido de plásticos nos mares, fica evidente que movimento ambiental deve ser ampliado e todo o processo de produção, uso e descarte deverá ser repensado no Brasil e no mundo. Com o aumento da população mundial e a produção de plástico crescendo de forma vertiginosa, a expectativa não pode ser das melhores.

Um levantamento da WWF apresentou os maiores produtores de lixo no planeta e o Brasil ocupa o 4° lugar, com uma produção estimada de 11,35 milhões de toneladas de lixo plástico por ano. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos que produz anualmente 70.782.577 toneladas, a China com 54.740.659 toneladas e a Índia com 19.311.663 toneladas por ano. A pesquisa foi realizada com base no “What a Waste 2.0: A Global Snapshot of Solid Waste Management to 2050”, um estudo do Banco Mundial.

Para piorar o Brasil tem uma taxa de reciclagem de lixo plástico bem abaixo da média mundial que é de 9%. Segundo a pesquisa, 91% dos resíduos plásticos são coletados, mas cerca de 8 milhões de toneladas não são reaproveitados e acabam em aterros sanitários. Cerca de 2,4 milhões de toneladas vão parar em lixões. E uma boa parte acaba em rios e no oceano.


O movimento #breakfreefromplastic é uma ação global que pretende fomentar um futuro livre da poluição de plástico. Lançado em 2016, o movimento agrega mais de 8.000 organizações e apoiadores individuais que exigem a redução massiva em plásticos de uso único em todo o planeta. Foto: Pixabay/Reprodução


A Agência Ambiental Pick-upau trata do assunto de resíduos sólidos, sobretudo, do lixo plástico, por mais de 20 anos. Contudo a partir de 2020 a Organização passará a inserir o problema como tema transversal de seus projetos.

Como nova iniciativa a Pick-upau adere ao movimento global “Break Free From Plastic” e passa a integrar essa importante mobilização que atualmente conta com mais de 1.880 organizações espalhadas pelo planeta. Aqui no Brasil a Pick-upau se junta a membros como a Universidade de São Paulo – USP, a Universidade Federal de São Carlos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec e o UNEP Brazil Office.

Para a bióloga-chefe da Agência Ambiental Pick-upau, Viviane Rodrigues Reis, que tem gerenciado de perto a questão do lixo plástico na Organização, o alerta para os impactos na vida marinha está ligado. “A poluição marinha por lixo afeta desde pequenos pólipos de corais até as grandes baleias. Com frequência animais como tartarugas marinhas, mamíferos como baleias e focas, aves como albatrozes, papagaios-do-mar, gaivotas ingerem detritos presentes nos oceanos. Estes animais confundem estas partículas com alimento, as aves inclusive fornecem aos filhotes que acabam morrendo por causa da grande quantidade de lixo no estômago”, afirma Reis.

O movimento #breakfreefromplastic é uma ação global que pretende fomentar um futuro livre da poluição de plástico. Lançado em 2016, o movimento agrega mais de 8.000 organizações e apoiadores individuais que exigem a redução massiva em plásticos de uso único em todo o planeta.

Segundo Reis, o consumo de peixes e frutos do mar é afetado por causa do lixo plástico e que esse impacto também atinge a saúde humana. “O plástico se deteriora com o tempo e se transformam em microplásticos, os animais como os peixes acabam ingerindo e consequentemente há impactos na saúde humana por meio da alimentação. Segundo um estudo publicado em outubro de 2018, liderado pelo médico Philipp Schwabl, pesquisador da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, feito em parceria com a Agência Ambiental daquele país, o plástico chega no intestino humano, pois em todas as amostras do estudo foram identificados microplásticos de até nove tipos distintos e os pesquisadores ressaltam que isto pode trazer consequências negativas ao trato gastrointestinal, pois podem interferir na resposta imunológica do intestino, além do risco gerado pela absorção de substâncias químicas que são tóxicas ao organismo”, diz a pesquisa da Pick-upau sobre o estudo na Áustria.

Como nova iniciativa a Pick-upau adere ao movimento global “Break Free From Plastic” e passa a integrar essa importante mobilização que atualmente conta com mais de 1.880 organizações espalhadas pelo planeta. Foto: BFFP/Reprodução


As organizações e indivíduos membros da BFFP tem como objetivo compartilhar valores comuns à proteção ambiental e a justiça social. Essas forças trabalham juntas para promover uma mudança sistemática nas bases produtivas e de consumo do plástico.

A Agência Ambiental Pick-upau também tem preocupação especial sobre o impacto do lixo plástico sobre avifauna. A Organização mantém desde 2014 o Projeto Aves que visa à conservação desse grupo de animais. Para a bióloga-chefe, o lixo plástico é um perigo real e crescente a avifauna. “Aproximadamente 90% das aves marinhas têm plástico em seu organismo atualmente, segundo estudo conduzido por pesquisadores do Imperial College London e da Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade da Austrália (CSIRO). E de acordo com um estudo publicado em 2019, na Scientific Reports, as aves marinhas são as mais ameaçadas em nível global, quase metade das espécies deste grupo tem sofrido declínios em suas populações e 28% estão ameaçadas. As espécies da ordem Procellariiformes que inclui pardelas, petréis e albatrozes são o grupo que ingerem com mais frequência detritos marinhos. O estudo analisou 1733 aves marinhas de 51 espécies e demonstrou relação significativa entre a ingestão de detritos marinhos e mortalidade. Quando ocorre a ingestão de um único detrito, existe uma chance de 20,4% de mortalidade ao longo da vida e após o consumo de 93 itens este número aumenta para 100%. As mortes ocorrem, sobretudo, por causa da obstrução do trato gastrointestinal.

“O maçarico-de-papo-vermelho, por exemplo migra da América do Sul até o Círculo Polar Ártico percorrendo até 3.2 mil km sem parar e durante este percurso eles param somente em alguns locais como na baía de Delaware, nos Estados Unidos, o problema é que nos últimos anos muitos locais que eles utilizam para descansar estão ficando poluídos. Estima-se que em torno de 14% das aves ameaçadas do mundo estejam sendo colocadas em risco por causa da poluição. Ou seja, a situação destas espécies, já ameaçadas, pode piorar ao longo dos próximos anos, sofrendo grandes declínios em suas populações”, conclui.

Precisamos mudar nossos hábitos de produção e consumo, procurando soluções inovadoras e sustentáveis e principalmente colocando em prática os 3R’s, ou seja, reduzir, reutilizar e reciclar.

Da redação
Fotos: Pixabay/BFFP/Reprodução
 
 
 
     
     
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