12/06/2024
– Uma pesquisa colaborativa entre a CSIRO, a agência
científica nacional da Austrália, e a Universidade
de Toronto, no Canadá, revelou a presença surpreendente
de até 11 milhões de toneladas métricas de
poluição plástica no fundo do oceano. Publicado
na revista Deep Sea Research Part I: Oceanographic Research Papers,
o estudo fornece uma estimativa inédita sobre a quantidade
de plástico acumulado nas profundezas marinhas.
Denise Hardesty, cientista pesquisadora
sênior do CSIRO, explicou que esta é a primeira vez
que se quantifica a quantidade de lixo plástico que chega
ao fundo do oceano. Segundo ela, entre 3 e 11 milhões de
toneladas de plástico se acumulam no fundo marinho, tornando-o
um reservatório significativo de poluição plástica.
O estudo, liderado por Alice Zhu,
Ph.D. da Universidade de Toronto, analisou uma ampla gama de itens
plásticos maiores, desde redes de pesca até sacolas
plásticas. Zhu destacou que a quantidade de plástico
no fundo do oceano pode ser até 100 vezes maior do que o
plástico flutuante na superfície.
Os pesquisadores construíram
dois modelos preditivos usando dados de veículos operados
remotamente (ROV) e redes de arrasto de fundo. Eles descobriram
que a maioria dos resíduos plásticos está concentrada
em aglomerados de massa plástica ao redor dos continentes.
Essas descobertas têm importantes
implicações para a preservação dos ecossistemas
marinhos e da vida selvagem. Compreender como o plástico
viaja e se acumula nas profundezas oceânicas é crucial
para desenvolver estratégias eficazes de redução
da poluição plástica.
A pesquisa faz parte da missão
Ending Plastic Waste da CSIRO, que busca transformar a maneira como
produzimos, usamos, reciclamos e descartamos plásticos. O
estudo destaca a necessidade urgente de medidas para conter o fluxo
contínuo de plástico nos oceanos e proteger o meio
ambiente marinho.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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