30/09/2024
– Os países estão considerando pela primeira
vez a implementação de restrições rigorosas
à produção global de plástico, com o
objetivo de reduzi-la em 40% nos próximos 15 anos. Essa iniciativa
visa proteger tanto a saúde humana quanto o meio ambiente.
Durante as conversações
da ONU em Ottawa, Canadá, Ruanda e Peru apresentaram uma
proposta concreta para limitar a produção de plástico,
com a intenção de mitigar seus efeitos nocivos, incluindo
as emissões de carbono associadas à sua fabricação.
A moção, ambiciosamente intitulada "estrela do
norte", estabelece uma meta de redução global
para os polímeros plásticos primários em 40%
até 2040, tomando como referência os níveis
de 2025.
A proposta inclui a avaliação
da eficácia das medidas tanto do lado da oferta quanto da
demanda, baseando-se no sucesso em reduzir a produção
de polímeros plásticos primários a níveis
sustentáveis. Além disso, Ruanda e Peru sugeriram
a comunicação obrigatória por parte dos países
de dados estatísticos sobre a produção, importação
e exportação desses polímeros.
Essa meta global de redução
do plástico é comparada ao acordo de Paris, juridicamente
vinculativo, que visa limitar o aumento da temperatura global a
1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Os dois
países destacaram que a meta deve alinhar-se com os objetivos
de uma economia circular segura para os plásticos, eliminando
a lacuna de circularidade entre a produção e o consumo.
Eles também ressaltaram que a meta deve estar em conformidade
com o acordo de Paris para limitar o aquecimento global a 1,5ºC,
propondo uma redução de 40% até 2040 em relação
a uma linha de base de 2025.
A produção global de
plástico teve um crescimento exponencial, aumentando de 2
milhões de toneladas em 1950 para 348 milhões de toneladas
em 2017. A indústria de produção de plástico
está projetada para duplicar sua capacidade até 2040.
Anualmente, cerca de 11 milhões de toneladas de plástico
são despejadas nos oceanos, e a escala dessa poluição
marinha deve triplicar até 2040.
A produção de plástico
é um fator significativo no colapso climático, pois
grande parte do plástico é fabricada a partir de combustíveis
fósseis. Um estudo realizado por cientistas do Laboratório
Nacional Lawrence Berkeley, nos EUA, estimou que até 2050
a produção de plástico poderá representar
entre 21% e 31% do orçamento mundial de emissões de
carbono necessário para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
Além disso, uma análise de 2021 da Beyond Plastics
descobriu que a indústria de plásticos dos EUA contribuirá
mais para a crise climática do que a energia a carvão
no país até 2030.
Nas conversações da
ONU em 2022, em Nairobi, Quênia, os países concordaram
que um tratado para reduzir os resíduos de plástico
deve abordar todo o ciclo de vida do plástico e prometeram
forjar um acordo internacional juridicamente vinculativo até
2024. As negociações em Ottawa, que devem terminar
na segunda-feira, visam que 175 países cheguem a um acordo
sobre o texto preliminar do tratado.
Graham Forbes, líder global
de projetos plásticos do Greenpeace EUA, que esteve presente
nas negociações de Ottawa, destacou que, embora a
meta proposta não seja suficientemente ambiciosa para o Greenpeace,
representa um primeiro passo importante para um acordo que limite
a produção global de plástico. Segundo Forbes,
não é possível resolver a crise da poluição
plástica sem restringir e reduzir a produção
de plástico.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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