23/06/2025
– Uma pesquisa publicada na Science Advances revelou que microplásticos
na corrente sanguínea podem bloquear vasos no cérebro,
afetando seu funcionamento e comportamento. Testes em ratos mostraram
que essas partículas comprometem a circulação
sanguínea cerebral, impactando a saúde neurológica.
Os pesquisadores injetaram diferentes
tamanhos de poliestireno (micro, micro menor e nano) na corrente
sanguínea de ratos, marcando-os com fluorescência para
rastrear o trajeto no corpo. Após isso, tiraram imagens dos
vasos sanguíneos no cérebro para monitorar os plásticos.
Também coletaram amostras de sangue para estudar a interação
dos microplásticos com as células e realizaram testes
comportamentais para verificar possíveis efeitos na memória,
movimento, comportamento exploratório e resistência
dos camundongos.
Os cientistas descobriram que os microplásticos
foram ingeridos por células imunológicas dos ratos,
alterando seu tamanho e forma, além de bloqueá-las
em pequenos vasos sanguíneos. Isso ocorreu especialmente
com os pedaços maiores de microplásticos, que ficaram
presos nos capilares, podendo obstruir o fluxo sanguíneo
no cérebro. Apenas 30 minutos após a injeção,
o fluxo sanguíneo no cérebro dos ratos foi comprometido.
O pesquisador Haipeng Huang comparou o acúmulo dos microplásticos
à formação de um "acidente de carros"
na corrente sanguínea.
Os cientistas notaram que os camundongos
apresentaram piora na memória, movimento, velocidade, habilidades
motoras e resistência após a injeção
de microplásticos. Embora a maioria desses problemas tenha
melhorado após quatro semanas, alguns bloqueios nos vasos
sanguíneos persistiram. Os microplásticos, que são
partículas de plástico menores que 5 mm, se desprendem
de itens plásticos à medida que se degradam e são
conhecidos por serem poluentes ambientais, além de representarem
um risco à saúde.
Estudos anteriores sugerem que os
microplásticos podem interferir nos hormônios e no
DNA das células, aumentando o risco de câncer, especialmente
os nanoplásticos, que são ainda menores. As descobertas
do estudo levantam preocupações sobre os efeitos dos
microplásticos na saúde cerebral, como o aumento do
risco de derrame ou declínio cognitivo, mas mais pesquisas
são necessárias para confirmar essas conclusões.
Os cientistas destacam que os vasos
sanguíneos no cérebro dos camundongos são diferentes
dos humanos, portanto, os efeitos dos microplásticos podem
não ser os mesmos em nós. Eles recomendam mais pesquisas
sobre os riscos à saúde em longo prazo dos microplásticos,
especialmente em pessoas com condições cardíacas
ou problemas nos vasos sanguíneos.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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