29/09/2025
– Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES) descobriram que os microplásticos estão
presentes no ar que respiramos, utilizando teias de aranha como
elemento para a análise. A pesquisa alerta para os riscos
à saúde, já que a inalação de
microplásticos pode causar problemas respiratórios.
A equipe, composta por 13 pesquisadores, analisou 30 teias de aranha
em diferentes pontos do campus da universidade, em áreas
com grande movimentação de pessoas.
Após a coleta e análise
em laboratório, foi encontrado microplástico em todos
os pontos analisados, com diferentes composições,
como nylon (usado em roupas) e restos de garrafas PET. Esses microplásticos
são partículas variadas em termos de composição
química, tamanho, forma, densidade e cor, muitas vezes originadas
da fragmentação de plásticos maiores, como
pedaços de sacolas plásticas trituradas.
O estudo é pioneiro, sendo
o segundo no mundo a comprovar que o ar está contaminado
com pequenas partículas de plástico. A bióloga
e doutora em oceanografia ambiental, Mércia Barcellos, foi
uma das responsáveis pela pesquisa, que começou em
março 2023 e teve resultados sobre a contaminação
por microplástico em apenas três meses. Após
a coleta, as teias foram analisadas em laboratório, onde,
com aumento de cerca de 80 vezes, foram identificados diversos tipos
de microplástico, que são invisíveis a olho
nu.
A pesquisadora destacou que, embora
os microplásticos estejam presentes em diversos ambientes,
a maioria das pesquisas sobre esses poluentes se concentra em ambientes
aquáticos, como água do mar e água doce. Nos
últimos anos, exames em tartarugas e baleias encontradas
mortas no litoral do Espírito Santo revelaram a presença
de restos de itens plásticos, como máscaras e balões
de aniversário, no estômago dos animais.
Em dezembro de 2022, uma orca encontrada
morta na Serra, Grande Vitória, havia ingerido quase um metro
de material plástico. Além disso, cientistas descobriram
que plásticos estão contribuindo para a formação
de rochas na Ilha da Trindade, localizada a 1.140 km de Vitória.
O acesso à ilha é restrito pela Marinha, o que evidencia
como a ação humana tem afetado processos naturais,
como a formação de rochas. Esses impactos podem ser
graves, ameaçando espécies locais de tartarugas e
aves, além de espalharem o plástico para outras regiões.
Redação, com informações
de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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