28/10/2025 – Jeju, República da Coreia – A poluição plástica permeia todos os cantos do planeta. Até 2040, prevê-se que o vazamento de plástico para o meio ambiente aumente em 50%, e essa poluição se infiltra em nossos corpos através dos alimentos que comemos, da água que bebemos e até mesmo do ar que respiramos.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou: “Resíduos plásticos entopem rios, poluem o oceano e colocam a vida selvagem em perigo. E, à medida que se decompõem em partes cada vez menores, infiltram-se em todos os cantos da Terra: do topo do Monte Everest às profundezas do oceano; do cérebro humano ao leite materno.”
No entanto, há um movimento por mudanças urgentes. Estamos vendo um engajamento público crescente…
"Passos rumo à reutilização e maior responsabilização... E políticas para reduzir plásticos descartáveis e melhorar a gestão de resíduos. Mas precisamos ir mais longe, mais rápido", acrescentou.

“Governos, empresas, cidadãos e a comunidade internacional são atores-chave para tornar a economia circular do plástico uma realidade”, disse Lee Byounghwa, Vice-Ministro do Meio Ambiente da República da Coreia, na cerimônia oficial em Jeju. “Antes que a poluição plástica acabe conosco, precisamos nós mesmos combater a poluição plástica. Vamos deixar de lado o conforto da conveniência e começar com pequenas ações, juntos. Quando todos agem, a mudança acontece.”

A Coreia do Sul tomou medidas importantes para eliminar a poluição plástica. A província de Jeju está realizando uma campanha ambiciosa para reduzir a poluição plástica, contando com a força conjunta de governos, empresas e cidadãos. A ideia: reduzir o número de produtos plásticos descartáveis utilizados pelos consumidores, reutilizando e reciclando o máximo possível, um processo conhecido como circularidade. A meta da província é acabar com a poluição plástica até 2040. Um pilar desse plano é convencer os moradores a abandonarem os plásticos descartáveis.

Falando na celebração oficial em Jeju, Inger Andersen, Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), disse: “Acabar com a poluição plástica é claramente um imperativo para a saúde humana, a saúde planetária, a saúde econômica e a saúde empresarial.”

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Acabar com a poluição plástica é possível. Mas não podemos depender apenas da reciclagem. Somente abordando o ciclo de vida completo, além de abordagens circulares, podemos garantir que a poluição plástica fique fora de nossos oceanos, solos e corpos", acrescentou. "Isso significa repensar completamente como projetamos, fabricamos, usamos e reutilizamos plásticos."

Em artigo publicado no jornal Kukmin Daily , da República da Coreia , o ex-Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou: “Em meus 10 anos como Secretário-Geral da ONU, percebi que a poluição plástica é um problema global e que um esforço universal da comunidade internacional é necessário para resolvê-lo. O Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, deve ser um ponto de virada para que governos, sociedade civil, empresas, comunidade científica e as gerações futuras ajam em conjunto.”

Governos, empresas, instituições educacionais, sociedade civil e comunidades no mundo todo se uniram em esforços para defender o fim da poluição plástica e abordar a poluição plástica em seus espaços.

No México, a presidente Claudia Sheinbaum lançou uma Estratégia Nacional para Limpeza e Conservação de Praias e Costas (2025-2030) em 5 de junho, com o objetivo de eliminar 100% dos resíduos plásticos das praias e costas do país em cinco anos.

Aeroportos ao redor do mundo – em Bagdá, Pequim, Bruxelas, Genebra e Kansai (Japão) – alcançaram milhões de viajantes com mensagens públicas sobre a poluição plástica, assim como outros grandes centros de transporte público, incluindo estações de metrô em Pequim e na Cidade do México. Várias cidades se iluminaram para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente – outdoors na Times Square, em Nova York, exibiam mensagens do Dia Mundial do Meio Ambiente, enquanto o icônico Jet d'Eau de Genebra se iluminou em verde, assim como prefeituras e prédios importantes em Bruxelas e outras cidades belgas.

Em 4 de junho, a Parceria Global sobre Poluição por Plástico e Lixo Marinho (GPML) – da qual o PNUMA atua como secretariado – lançou o Global Plastics Hub , uma plataforma única para dados, conhecimento e colaboração para acabar com a poluição por plástico. O Hub visa oferecer um ponto único de acesso a informações precisas e atualizadas sobre lixo marinho, poluição por plástico e tópicos relacionados, bem como um fórum virtual para que as partes interessadas possam se reunir.

A iniciativa do PNUMA, o Desafio Plástico Tide Turners, realizou uma cúpula na Índia, apresentando histórias inspiradoras e boas práticas de jovens líderes de todo o país que tomaram medidas significativas para reduzir o desperdício de plástico em suas comunidades. O Tide Turners é um dos maiores movimentos ambientais liderados por jovens, mobilizando jovens para agir contra a poluição plástica. Desde sua criação no Quênia, o programa se expandiu globalmente e engajou mais de 980.000 jovens em mais de 60 países como principais impulsionadores da sustentabilidade ambiental, particularmente na campanha global #BeatPlasticPollution.

Em Chicago, um mural de 74 metros intitulado Stand Tall, criado pelo aclamado artista holandês Mr. Super A, foi inaugurado em 31 de maio no icônico horizonte do Prudential Building (Pru). O mural foi curado pela organização sem fins lucrativos (SAM) e faz parte da série global #EcosystemRestorationMurals, uma iniciativa da SAM em colaboração com o PNUMA e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em apoio à Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas — um esforço mundial para deter, prevenir e reverter a degradação da natureza. Street Art for Mankind (SAM) e faz parte da série global #EcosystemRestorationMurals, uma iniciativa da SAM em colaboração com o PNUMA e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em apoio à Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas — um esforço mundial para deter, prevenir e reverter a degradação da natureza.

Da UNEP
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