29/10/2025
– Cientistas da Universidade de Wuhan desenvolveram uma esponja
feita de algodão e osso de lula, que se mostrou eficaz na
remoção de microplásticos, absorvendo até
99,9% deles em amostras de água na China. Testada em diferentes
ambientes, como canais de irrigação, lagos e água
do mar, a esponja foi capaz de remover de 95% a 98% do plástico
após cinco ciclos, destacando sua reutilização
notável. A esponja é composta por quitina, extraída
do osso de lula, e celulose de algodão, materiais conhecidos
por suas propriedades anti-poluição.
Os pesquisadores destacam que a esponja
de algodão e osso de lula é uma solução
escalável, o que a torna promissora, já que outras
tecnologias de filtragem de microplásticos não conseguiram
ser ampliadas com sucesso. Além disso, é mais econômica
do que as alternativas, com matérias-primas acessíveis
e equipamentos de produção, como secadores por congelamento
e agitadores mecânicos, facilmente disponíveis. A capacidade
de absorção também não foi afetada por
outros poluentes, o que resolve um problema comum encontrado em
estudos anteriores.
Se a escalabilidade for confirmada,
o filtro de microplásticos pode ajudar a enfrentar uma das
maiores crises de saúde pública, já que microplásticos
têm sido detectados em amostras de água ao redor do
mundo, representando uma ameaça à saúde humana
e animal. Estima-se que uma pessoa ingira cerca de 4.000 partículas
plásticas por ano da água potável, com esses
materiais encontrados até em nuvens e no fundo do oceano.
Se os testes em larga escala forem bem-sucedidos, os pesquisadores
acreditam que poderão desenvolver um modelo industrial nos
próximos anos, que poderia ser usado em sistemas de filtração
domésticos, municipais ou até em máquinas de
lavar roupas e lava-louças.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
|