30/10/2025
– Microplásticos são partículas de plástico
com diâmetro entre 1 e 1000 micrômetros (1 mm), podendo
ser ainda menores, quando passam a ser chamados de nanoplásticos.
Por serem tão pequenos, apresentam uma grande área
superficial, o que aumenta sua reatividade e potencial de causar
impactos ambientais.
Os microplásticos têm
tamanho comparável ao da areia grossa, enquanto os nanoplásticos
são menores que a espessura de um fio de cabelo. Essas partículas
são facilmente dispersas pelo ar, água e seres vivos,
podendo se acumular e causar efeitos ainda pouco conhecidos, mas
possivelmente perigosos. Sua detecção exige equipamentos
e técnicas avançadas.
Há mitos tipos de plásticos
como PET, poliéster e PVC, que se degradam com sol, calor
e atrito. Assim como uma laranja se divide em gomos, os plásticos
se quebram em pedaços menores, mantendo suas propriedades
químicas. Com o tempo, esses fragmentos tornam-se micro ou
nanoplásticos, deixando de ser polímeros inteiros
e tornando-se oligômeros, ainda reativos, poluentes e mais
difíceis de controlar.
Microplásticos não vêm
apenas da degradação de plásticos grandes.
Eles também entram nos sistemas de esgoto por meio de produtos
de higiene com microesferas, da lavagem de roupas sintéticas
(que libera milhares de microfibras) e do desgaste de pneus. Essas
partículas poluem especialmente os ambientes aquáticos.
Pequenas ações do dia a dia, como evitar descartáveis,
separar o lixo e optar por roupas de fibras naturais, podem ajudar
a reduzir essa poluição.
Embora microplásticos sejam
frequentemente associados aos oceanos, eles estão presentes
em todos os ambientes — aquáticos, terrestres, atmosféricos
e até em organismos vivos. Isso ocorre porque acompanham
o ciclo da água, espalhando-se por evaporação,
chuva e escoamento. Sua dispersão varia conforme tamanho,
forma e densidade: partículas maiores tendem a se depositar,
enquanto as menores podem flutuar e se espalhar mais facilmente.
Os microplásticos estão
presentes de forma invisível no ambiente e podem entrar no
corpo humano por inalação, contato com a pele e ingestão.
A exposição contínua pode estar ligada a diversos
problemas de saúde, como doenças respiratórias,
digestivas, metabólicas, reprodutivas e imunológicas.
Estudos já identificaram partículas plásticas
em tecidos pulmonares humanos, destacando a urgência de mais
pesquisas sobre seus impactos na saúde.
Estudos detectaram microplásticos
em fezes humanas, com PP e PET presentes em todas as amostras. Pesquisas
recentes mostram que essas partículas podem interagir com
proteínas do sistema nervoso, como a a-sinucleína,
associada à Doença de Parkinson. Microplásticos
também foram encontrados em placentas humanas, levantando
preocupações sobre impactos em gestantes e fetos.
Seus efeitos tóxicos incluem alterações hormonais,
inflamações e danos celulares.
A ciência tem avançado
na busca por soluções para o problema dos microplásticos.
Embora estações de tratamento removam a maior parte
dessas partículas, falham com as menores, especialmente os
nanoplásticos, que podem chegar à água potável.
Tecnologias promissoras para remoção incluem oxidação
avançada, biodegradação, filtração,
adsorção, separação magnética
e uso de microrrobôs. A fotocatálise, que utiliza luz
solar, se destaca como alternativa sustentável, mas exige
cuidado com os subprodutos gerados, que podem ser tóxicos.
Identificar as principais fontes de poluição é
essencial para aplicar as soluções mais eficazes.
Cientistas trabalham no desenvolvimento de novos materiais para
ampliar a eficiência da fotocatálise na degradação
de microplásticos, adaptando métodos já usados
no tratamento de água. Enquanto avanços científicos
não se consolidam, é essencial a ação
cidadã.
Da Redação, com informações
de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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