19/11/2025
– A poluição plástica é um problema
global crescente, com um estudo da Universidade de Leeds, publicado
na revista Nature, mostrando que, em 2020, 52 milhões de
toneladas de plásticos foram despejadas no meio ambiente,
o suficiente para dar a volta ao mundo mais de 1,5 mil vezes. O
estudo revelou que mais de dois terços dos resíduos
plásticos vêm de lixo não coletado, já
que quase 1,2 bilhão de pessoas (15% da população
mundial) não têm acesso a serviços de coleta.
Em 2022, cerca de 30 milhões de toneladas de plásticos
(57% do total) foram queimadas de forma descontrolada em casas,
ruas e lixões, o que gera riscos à saúde, como
defeitos neurodesenvolvimentais, reprodutivos e congênitos.
De acordo com o estudo global, os
países mais poluentes durante a pesquisa foram a Índia
(9,3 milhões de toneladas), a Nigéria (3,5 milhões
de toneladas) e a Indonésia (3,4 milhões de toneladas).
A China, que antes liderava, agora ocupa o quarto lugar com 2,8
milhões de toneladas, devido a melhorias na coleta e processamento
de resíduos nos últimos anos. Embora países
de baixa e média renda gerem menos resíduos plásticos,
uma grande parte deles não é coletada ou é
descartada em lixões. A Índia se destaca como o maior
contribuinte, devido à sua grande população
e à falta de coleta de muitos resíduos.
O estudo indica que, embora os níveis
de poluição plástica na África Subsaariana
sejam geralmente baixos, a região se torna crítica
quando observada per capita, com uma média de 12 kg de poluição
plástica por pessoa por ano, equivalente a mais de 400 garrafas
plásticas. Em comparação, o Reino Unido tem
menos de três garrafas plásticas por pessoa anualmente.
Os pesquisadores expressaram preocupação de que a
África Subsaariana possa se tornar a maior fonte global de
poluição plástica nas próximas décadas,
devido à má gestão de resíduos e ao
rápido crescimento populacional na região.
O relatório destaca que o acesso
à coleta de lixo deve ser considerado uma necessidade básica,
essencial para o saneamento, assim como os serviços de água
e esgoto. A equipe envolvida no estudo espera que os resultados
auxiliem os formuladores de políticas a desenvolver planos
mais amplos para o gerenciamento de resíduos, recuperação
de recursos e economia circular. Além disso, a equipe defende
a criação de um novo "Tratado de Plásticos"
global, juridicamente vinculativo, para abordar as fontes de poluição
plástica.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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